Este trabalho é uma reflexão sobre alguns aspectos do processo de objetivação e de "essencialização" da simbologia do "sangue índio", como elemento de legitimação da existência social e cultural da identidade Tembé ou "unidade autenticamente Tembé". Esse processo é entendido como inseparável de um procedimento analítico de desubstancialização ou desnaturalização da representação "sangue índio" a partir da gênese social do seu processo de constituição. A autora analisa a controvérsia que aparece na "unidade tutelada" em torno da simbologia do sangue, cujas idéias são usadas como instrumentos úteis na disputa pela definição dos critérios de inclusão e exclusão das diferentes famílias.
Biografia do Autor
Sara Alonso, MPEG
Mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisadora Associada ao Departamento de Ciências Humanas do Museu Paraense Emílio Goeldi.