Na Amazônia coexistem e conflitam, desde o início do século XVII, idéias divergentes dos direitos sobre a terra. Desde o início dos anos 60, do século atual, estas controvérsias têm causado conflitos abertos pelo acesso à terra e aos seus recursos. Recentemente a compreensão e a referência local de intervenções e, tentativas de conciliação nacionais e internacionais tem diminuído continuamente, principalmente por causa do alastramento do tema e da confusão crescente de tentativas de regulamentação multilaterais. O debate sobre conflitos e coincidências, respectivamente, das ocupações da terra na Amazônia com as normas e os valores globais dominantes e suas respectivas representações institucionais está sendo ilustrada com exemplos empíricos da política indígena e de minorias que levarão às seguintes teses: 1. Processos de defronterização e de delimitação podem provocar fenômenos parecidos em termos de uma transformação social; 2. Para poder comparar esses processos, é necessário mudar a perspectiva do primeiro para o assim chamado terceiro mundo, na hora de observar os fenômenos; 3. Aparentemente, instrumentos iguais nas suas normas e valores podem, sob diferentes condições históricas, políticas-institucionais e socioculturais conduzir à resultados muitos divergentes.
Biografia do Autor
Regine Schönenberg, Universidade Livre de Berlim
Doutora em Ciências Políticas, Freie Universitat Berlin, 1993. Pesquisadora associada do Museu Paraense Emilio Goeldi, pós-doutoranda na Universidade Goethe de Frankfurt, professora visitante da Universidade Livre de Berlim e consultora permanente da cooperação técnica alemã (GTZ) pela Amazônia brasileira.