Cultivo itinerante na Amazônia central: manejo tradicional e transformações da paisagem

Autores

  • Fernanda Maria de Freitas Viana Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
  • Angela May Steward Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá
  • Bárbara Tadzia Trautman Richers CATIE

DOI:

https://doi.org/10.5801/ncn.v19i1.1816

Palavras-chave:

Agricultura migratória, Comunidades tradicionais, Conversão florestal, Corte e queima, Desmatamento, Sistema agrícola.

Resumo

As regiões de florestas tropicais estão em constantes transformações, em parte, resultantes do manejo por populações tradicionais aonde os sistemas de cultivo itinerante (agricultura migratória e de corte queima) desempenham um importante papel. No entanto, juntamente a estas discussões, são questionados os impactos e a sustentabilidade destes sistemas de cultivo e suas contribuições para o desmatamento. Diante disso, procuramos maiores informações sobre a prática da agricultura migratória por meio do estudo do uso e conversão de hábitat florestal em unidades produtivas agrícolas de duas comunidades tradicionais situadas em áreas de terra firme. Concluímos que indicativos da sustentabilidade desse sistema estão associados à prática integrada à floresta e ao período destinado ao pousio das áreas.

Biografia do Autor

Fernanda Maria de Freitas Viana, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

MSc. em Ecologia, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, Minas Gerais, 2010. É bolsista do Programa de Capacitação Institucional do CNPq – Nível DB e pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Agricultura Amazônica, Biodiversidade e Manejo Sustentável do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Endereço para correspondência: Programa de Manejo de Agroecossistemas. Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Estrada do Bexiga, 2.584. Bairro Fonte Boa. Cx. Postal 38 69.553-225 – Tefé (AM). Tel/fax: +55 (097) 3343-9700.

Angela May Steward, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

Ph.D. em Biologia/Etnobotânica, Graduate Center, City University of New York, 2008. É pesquisador titular e líder do Grupo de Pesquisa em Agricultura Amazônica, Biodiversidade e Manejo Sustentável; as suas publicações recentes incluem: STEWARD, Angela. Reconfiguring Agrobiodiversity in the Amazon Estuary: Market Integration, the Acaí Trade and Smallholders Management Practices in Amapá, Brazil. Human Ecology. (New York, N.Y.), v. 1, p. 1, 2013 e PADOCH, C; PINEDO-VASQUEZ, M; STEWARD, A; PUTZEL, L; RUIZ, M. M. (2013). Urban Residence, Rural Employment, and the Future of Amazonian Forests. In Hecht, S;Morrison, K. and Padoch, C. (eds).The Social Life of Forests, Chicago University Press.

Bárbara Tadzia Trautman Richers, CATIE

MSc. em Agrofloresta Tropical, Centro Agronómico Tropical de Investigación y Enseñanza, CATIE, 2007. É consultora em Desenvolvimento Rural e Agroecologia, é autora de Agricultura migratória em ambientes de várzea na Amazônia Central: Ameaça ou sistema integrado? (Uakari, Belém, 2010) e Guia Ilustrado das Abelhas Sem Ferrão das Reservas Amanã e Mamirauá, Amazonas, Brasil (Editora MCT/IDSM, 2013). É também uma das autoras no artigo de LIMA, D.; STEWARD, A.; RICHERS, B. T. Trocas, experimentações e preferências: um estudo sobre a dinâmica da diversidade da mandioca no Médio Solimões, Amazonas. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, 2012.

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Publicado

2016-06-23

Edição

Seção

Artigos