O artigo está associado ao importante papel das redes na atualidade. Nelas podemos observar diferentes modalidades de comunicação, mediadas por tecnologias que transformam as estratégias econômicas e políticas. O presente texto remete às redes sociotécnicas que associam corporações internacionais, agências internacionais, governos locais e empresas capitalistas, cujo objeto de ação compartilhado é realizar os Jogos Olímpicos na cidade do Rio de Janeiro. O nosso objetivo é revelar como se realiza essa associação de atores, em nível global, e como os interesses privados acabam prevalecendo na formulação de políticas urbanas locais. O artigo busca expor como essas redes sociotécnicas se formam e como atuam na formulação de diferentes processos e quais são os resultados de sua ação. Esses resultados são expressos nos ganhos extraordinários que produzem transformações na vida cotidiana dos habitantes da cidade do Rio de Janeiro, que, elevada à condição de sede dos Jogos Olímpicos de 2016, consolida sua posição no ranking das cidades globais.