Neste artigo analisamos as diretrizes e politicas voltadaspara instituir àre-territorialização capitalista na tríplice fronteira Brasil/Peru/Bolívia e a emergência de novos conflitos territoriais dela decorrentes. Ao intensificar as formas de mercantilização/financeirização da natureza para levar a cabo o novo ciclo de acumulação do capital, os territórios ocupados por povos tradicionais submergem em outra ordem de conflitos sociais. Potencializam-se as ameaças relacionadas com a continuidade de suas existências ede suas singularidades culturais e identitárias. Os dados aqui utilizadossão provenientes do Projeto de Pesquisa “Processos de re-territorialização e agenda verde na Pan Amazônia: um estudo da tríplice fronteira Brasil/Peru/Bolívia” (CNPQ, biênio 2013-14). Metodologicamente nos valemos da interface entre as Ciências Sociais e Geografia Humana com o intuito de interpretar adinâmica que anima a re-produção social do espaço nesses territórios reconfigurados no decorrer desse “esverdeamento” do capitalismo. Nas conclusões, procuramos mostrar que a espoliação e transgressões dos direitos territoriais dos povos indígenas e do campesinato constituem um dos traços fundamentais desse processo.
Biografia do Autor
Elder Andrade de Paula, Universidade Federal do Acre
Professor Associado do Centro de Filosofia e Ciências Humanas e do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional (Universidade federal do Acre).
Maria de Jesus Morais, Universidade Federal do Acre (UFAC)
Professora adjunta e pesquisadora do Centro de Filosofia e Ciências Humanas e do Programa de Mestrado Linguagens e Identidades da Universidade Federal do Acre (UFAC).
Silvio Simione da Silva, Universidade Federal do Acre (UFAC)
Professor adjunto e pesquisador do Centro de Filosofia e Ciências Humanas e do Programa de Mestrado Linguagens e Identidades da Universidade Federal do Acre (UFAC).