http://dx.doi.org/10.5801/ncn.v11i2.277 Uma das principais características da expansão do agronegócio no país é a incorporação à cadeia produtiva de novas áreas que apresentam uma grande fragilidade socioambiental, como as áreas de cerrado e savanas amazônicas – que, do ponto de vista geográfico, correspondem a fronteiras. Sem considerar as limitações ambientais, essa expansão tem ocorrido em decorrência da pequena infraestrutura física dessas áreas e do seu isolamento em relação aos grandes centros e portos de elevada cabotagem, visto que a maioria dos produtos representa commodities e produtos da pauta de exportação no mercado global. Atualmente, a dinâmica da expansão do agronegócio e seus impactos socioambientais em diferentes sub-regiões da Amazônia ainda não são conhecidos de forma sistemática e bem fundamentada. Este trabalho apresenta uma análise dos impactos ou das mudanças estruturais – transformações – decorrentes do agronegócio na paisagem, à luz da Ecologia de paisagem, enquanto área de conhecimento que reúne duas das principais abordagens: uma geográfica, que investiga a influência do homem sobre a paisagem e a gestão do território; outra, ecológica, centrada na importância do contexto espacial para os processos ecológicos e na importância dessas relações para a conservação da integridade biológica e dos ecossistemas.
Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, mestre em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP, 1995), doutor em Ciências pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (NAEA) da UFPA.
Adriano Venturieri, Embrapa Amazônia Oriental
Pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, engenheiro agrônomo, mestre em Sensoriamento Remoto pelo Instituto de Pesquisa Espacial (INPE, 1996), doutor em Geografia pela UNESP.