É resultado de reflexões nos fóruns geográficos, nas nossas pesquisas de campo em relação à expansão de uma agricultura pautada no agronegócio brasileiro, que tem expropriado camponeses de suas pequenas propriedades, gerando conflitos e despejo. O objetivo é explanar sobre a estrutura fundiária no Brasil constituída pela desigualdade social e econômica, gerada pela concentração de terra e pela exploração advinda, nos dias atuais, do agronegócio, um modelo de desenvolvimento agroexportador de grande escala de produtividade. A metodologia baseia-se em autores que discutem essa temática conforme referências apontadas, além de trabalho de campo na região norte do estado do Tocantins, onde a expansão da monocultura da soja tem sido bastante propulsora. Este aspecto demonstra que o Estado não contribuiu para uma perspectiva renovadora no que diz respeito à reforma da estrutura fundiária. Pelo contrário, o Estado se configura como instrumento decisivo de coordenação e ação de todas as formas econômicas, contribuindo para a solidificação da classe dominante.
Biografia do Autor
Alberto Pereira Lopes, Universidade Federal do Tocantins - UFT
Doutor em Ciências (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo -USP (2009), Mestre em Geografia Humana pela Universidade Federal de Uberlândia -UFU 2001, Graduado em Licenciatura Geografia – Universidade Federal da Paraíba -1991. Professor do ensino superior de 1994 a 2003 no quadro de docente da UNITINS, em 2003 passa a ser docente do quadro efetivo da Universidade Federal do Tocantins – UFT, Campus de Araguaína. Coordenador do Grupo de Estudos Agrários e Direitos Humanos – GEADH, certificado pelo CNPq e pela instituição. Tem trabalhado com as questões dos conflitos agrários e ensino de geografia, com projetos e publicações.