O trabalho de pesquisa sobre os povos e comunidades tradicionais exige o reconhecimento das particularidades socioculturais desses agentes e a adoção de abordagens teóricas que deem conta da complexidade das relações que se estabelecem entre as sociedades tradicionais, a natureza e o mercado, cujas influencias ideológicas se fazem cada vez mais presentes na medida em que se intensificam as relações entre esses povos e a sociedade capitalista urbana. Nesse sentido, as relações econômicas precisam ser analisadas sem perder de vista as relações sociais e simbólicas evitando-se a confusão entre a lógica econômica do contexto social do pesquisador com a lógica subjetiva dos agentes estudados. Este artigo discute a lógica subjetiva dos povos e comunidades tradicionais e a partir das perspectivas teóricometodológicas da Antropologia Econômica e da Etnografia.