A escrita da história de Marajó, em Dalcídio Jurandir

Autores

  • Willi Bolle Universidade de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.5801/ncn.v14i1.598

Resumo

Dentre as dez obras do Ciclo do Extremo Norte (1941-1978), de Dalcídio Jurandir, focalizamos aqui o romance Marajó (1947), por ser o que contém a maior diversidade de informações sobre a cultura cabocla.Esse romance semi documental é uma modalidade de escrita da história, ao mesmo tempo em que o seu componente ficcional, que inclui uma trama erótica, marca uma diferença. Na sociedade retratada são realçadas as relações de poder, que examinamos do lado dos senhores e do lado dos pobres, incluindo as formas de resistência destes. O episódio central da obra é um utópico projeto de melhoria social, empreendido pelo protagonista, o fi lho rebelde de um latifundiário. Com essa utopia social e a opção do romancista por essa figura de mediação entre ricos e pobres – no plano da ação narrada, como na tradução da cultura cabocla para o código do leitor culto – o romancista apresenta um tema que é relevante tanto para as ciênciassociais quanto para os estudos literários e culturais.

Biografia do Autor

Willi Bolle, Universidade de São Paulo.

Professor de literatura da Universidade de São Paulo. Autor de Fisiognomia da MetrópoleModerna (1994; 3ª ed., em preparação), grandesertão.br – O romance de formação do Brasil (2004), e coorganizador,com Edna Castro e Marcel Vejmelka, de Amazônia – região universal e teatro do mundo(2010). E-mail: willibolle@yahoo.com.br

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Publicado

2011-10-13

Edição

Seção

Artigos