A fronteira hidrelétrica avança sobre a Amazônia com grandes obras como Santo Antonio e Jirau no rio Madeira e de maneira decisiva através dos projetos de Belo Monte proposto na Volta Grande do Xingu, licenciado em fevereiro de 2010, e de aproveitamentos no rio Tapajós. Contudo, os grandes projetos de infra-estrutura de geração de energia nesta região revelam confl itos, disputas políticas e econômicas que evidenciam risco aos processos de licenciamento ambiental, no processo de discussão de obras que envolvem bilhões de reais e consequências ambientais e sociais de grande envergadura. Alerta-se neste artigo à deslegitimação do discurso de grupos sociais que se opõem às políticas ofi ciais de desenvolvimento materializadas na duvidosa e polêmica usina de Belo Monte-PA, baseado na experiência da rede Painel de Especialistas constituído para análise crítica dos Estudos de Impacto Ambiental de Belo Monte e diversos segmentos da sociedade.
Biografia do Autor
Francisco Francisco del Moral Hernández, PIPGE USP
Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas, Mestre em Energia, pelo Programa Interunidades de Pós Graduação em Energia da USP e doutorando em Energia pelo PIPGE USP - Programa Interunidades em Energia da USP.E-mail: delmoral@hotmail.com
Sonia Barbosa Magalhães
Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia, Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia, Doutora em Antropologia pela Universidade Federal do Pará e em Sociologia pela Université Paris 13. E-mail: sm.mag@globo.com