A mobilização política dos quilombolas com vistas a regularização de seus territórios após a promulgação da Constituição de 1988, possibilitou o trabalho acadêmico de revisão conceitual das noções de quilombo e quilombola gestadas no contexto da escravidão. O resultado desse trabalho intelectual foi apropriado por agentes sociais situados em diferentes lugares institucionais. O artigo busca analisar o contexto e os elementos que permitiram a formulação dos novos conceitos de quilombo e quilombola e a sua utilização por diferentes agentes como uma espécie de politização semântica.
Biografia do Autor
Benedito Souza Filho, UFMA
Antropólogo, professor do Departamento de Sociologia e Antropologia e do Programa de Pós-gradiuação em Ciências Sociais da UFMA