O FUTURO DA AMAZÔNIA: MODELOS PARA PREVER AS CONSEQÜÊNCIAS DA INFRAESTRUTURA FUTURA NOS PLANOS PLURIANUAIS
Autores
Philip Martin Fearnside
INPA
William F. Laurance
Centre for Tropical Environmental and Sustainability Science (TESS) and School of Marine and Tropical Biology, James Cook University
Mark A. Cochrane
Geographic Information Science Center of Excellence (GIScCE)
Scott Bergen
Center for Environmental Literacy, Mt. Holyoke College
Patricia Delamônica Sampaio
Center for Latin American Studies, University of Florida
Christopher Barber
Geographic Information Science Center of Excellence (GIScCE)
Sammya D’Angelo
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Tito Fernandes
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
Desde 1996 o planejamento de investimentos do governo brasileiro tem sido organizado em planos quadrianuais: Brasil em Ação (1996-1999), Avança Brasil (2000-2003), PPA [Plano Plurianual] (2004-2007), PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] (2008-2011), e PAC-2 (2012-2015). Cada plano tem incluído uma longa lista de rodovias, barragens e outros grandes projetos de infraestrutura na Amazônia. Vários desses projetos têm sido incluídos em uma série de planos, pois restrições econômicas não permitiram a realização das obras no ritmo inicialmente imaginado. Este é o caso de obras como a hidrelétrica de Belo Monte e as rodovias BR-163 (Santarém-Cuiabá) e BR-319 (Manaus-Porto Velho). Estes projetos adiados estão hoje sendorealizados ou próximos à realização. Uma série de modelos tem sido elaborada por diferentes grupos para prever as consequências futuras, caso essas obras sejam realizadas. Diferentes modelos captam diferentes aspectos da problemática, e vários deles indicam grandes aumentos de desmatamento e degradação, com graves implicações ambientais e sociais. Um dos modelos parte da premissa de que as estradas teriam efeitos nulos ou até benéficos sobre total de desmatamento, mas essa suposição contradiz o que é observado no mundo real.
Biografia do Autor
Philip Martin Fearnside, INPA
Coordenação de Pesquisas em Ecologia (CPEC), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)