COM QUANTOS ENUNCIADOS SE PRODUZ O MAU ALUNO?

Autores

  • Sandra Nazaré Dias Bastos
  • Sílvia Nogueira Chaves

DOI:

https://doi.org/10.18542/nra.v6i2.6190

Resumo

Inúmeros atos cotidianos nas escolas são expressões sutis de importantes relações de poder que se encontram naturalizadas pelo tempo e pelos atores desse cenário. Dentro desse contexto, trouxemos para discussão duas situações nas quais o discurso proferido pelo professor funciona como elemento de poder, verdade e subjetivação. Acionamos como ferramenta para nossas problematizações o pensamento de Michel Foucault que aponta para os efeitos produtivos do discurso que se materializa na organização das relações entre indivíduos e instituições, com isso estabelecendo hierarquias e distinções. Instituída por práticas discursivas e não discursivas, a relação estabelecida entre esses dois atores enreda situações de autoridade e submissão nas quais o professor tem a voz da verdade e da sabedoria e aos alunos cabe o papel de acatar e internalizar essa voz como uma prática a ser incorporada como verdadeira não só no universo pedagógico como também na vida social.

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Publicado

2018-11-07