ESCRAVIDÃO, RESISTÊNCIA, FUgAS E A FORMAÇÃO DE QUILOMBOS/MOCAMBOS EM OURéM DO gRÃO-PARá (FINAIS DO SéCULO XVIII A 1830)

Autores

  • Rozemberg Ribeiro de Almeida
  • Francivaldo Alves Nunes

DOI:

https://doi.org/10.18542/nra.v6i1.6227

Resumo

A ideia geral deste trabalho é mostrar como os escravizados da vila de Ourém e região sobre sua jurisdição construíram mecanismos de resistência ao regime de trabalho compulsório. Assim busca-se esse dialogo a partir do universo dos quilombos/mocambos que é o desdobramento de muitas das fugas empreendidas principalmente por negros que buscavam construir suas liberdades. Além disso, também busca-se compreender os vínculos criados entre diversos agentes, sobretudo negros e índios, que em muitas situações alimentavam os mesmos objetivos, ou seja, serem livres. Dessa forma, criaram acordos e alianças para se fortalecerem mediante a repressão das diligências que buscavam capturar os escravos fugidos. No Brasil o quilombo se manifestou como a forma de resistência mais tenaz ao regime de trabalho forçado, isto porque o mesmo representava o oposto da escravidão, ouseja, a liberdade. É a partir do desejo por ela que muitos agentes escravizados implementaram séculos de luta contra a ordem escravocrata. Assim, o mundo do escravo transitava entre o sonho da liberdade e o cotidiano da luta dentro da escravidão. Neste trabalho veremos como esse sonho se materializou em povoados no meio da mata que representaram um enclave para o sistema escravista e uma ameaçaaos interesses de donos de escravos.

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Dossiê Amazônia