A PAJELANÇA CABOCLA: ASPECTOS DA TRADUÇÃO ENTRE A FEITIÇARIA E XAMÃS
DOI:
https://doi.org/10.18542/nra.v5i1.6376Resumo
O presente trabalho consiste em abordar o caráter da tradução no universo da linguagem resultante do estudo sobre a representação do imaginário amazônico presente nas narrativas de Zeneida Lima (1992; 2001), pajé oriunda da ilha do Marajó, na sua inter-relação com os caruanas ou encantados. A investigação aborda os aspectos antropológicos de humanos e não humanos sob a ótica de teóricos como Câmara Cascudo (1956), Viveiros de Castro (1993), Lévi-Strauss (2003), Evelyn Zea (2008) e Bruna Franchetto (2012), assim como são consideradas, no âmbito da tradução, as idéias de filósofos e teóricos como Walter Benjamin (2008), Paul De Man (1989), Derrida (1972) e Venuti (1995). No contexto da narrativa sobre a pajelança cabocla, a pajé Zeneida Lima recebe, em sessões mediúnicas, seres não-humanos entrando num processo de transe e êxtase, onde conta com a presença de um tradutor denominado na narrativa de ‘transmissor’, que traduz a língua dos encantados para o entendimento dos homens que habitam a terra, numa dimensão cosmológica.Downloads
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Dossiê Amazônia
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