ICONOGRAFIA COMO NARRATIVA ESTÉTICO-VISUAL DO SAGRADO NA AMAZÔNIA PARAENSE

Autores

  • Marcos Murelle Azevedo Cruz
  • Flavio Leonel Abreu da Silveira

DOI:

https://doi.org/10.18542/nra.v5i1.6383

Resumo

A pesquisa objetiva apresentar o conceito de iconografia como narrativa estético-visual do sagrado, no âmbito de uma arte litúrgica de tradição católica oriental a partir de registros imagéticos presentes na Amazônia. Considera que as imagens são formas artísticas de comunicação sobre algumas realidades, que trazem em si uma superação da linguagem literal para uma linguagem interpretada de uma determinada cena (de algum lugar) ou contexto. O conhecimento do contexto histórico-cultural em que a obra foi produzida desempenha um papel determinante, pois o sagrado com seus ritos e liturgias se constituem dentro de uma história não metafórica, na pervivência de seu sentido originário porque sobrevivem através das gerações vindouras. (BENJAMIN, 2008). Desse modo, o método iconográfico se inscreve na intersemiologia, e se refere à análise literária, no estudo das linguagens e de seus significados; na interpretação da cultura; na decodificação de seus significados; estabelece diálogo entre a palavra e a imagem; evidenciam relações de normas que tipificam e sistematizam seus símbolos e significados. Ao analisar a imagem e as linguagens por ela produzidas, a iconografia se pretende como método que procura construir perspectivas teóricas de análise da realidade por um olhar suspeitável das obras, haja vista sua vinculação a realidade social. Presentes na Amazônia, essas obras sobrevivem ao longo das épocas e sua permanência subsiste em expressões artísticas principalmente nos mosaicos. Por elas é possivel estabelecer diálogo com as diversas territorialidades da Amazônia, em seus rituais e em suas liturgias.

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