Nova Revista Amazônica http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra <p>A <strong><em>Nova Revista Amazônica</em></strong> é um periódico quadrimestral do Programa de Mestrado Interdisciplinar em Linguagens e Saberes na Amazônia, Campus Universitário de Bragança, Universidade Federal do Pará, Bragança - dedicado à publicação de trabalhos na área de Saberes e Linguagens, privilegiadamente nas linhas de pesquisa:</p><p>1. Narrativas e imagens na Amazônia;</p><p>2. Educação, imagens e culturas na Amazônia e,</p><p>3. Saúde e sociobiodiversidade na Amazônia.</p>Dialogando, de maneira interdisciplinar, com diversas áreas da ciência e outros conhecimentos, que perpassam por diferentes expressões históricas, políticas, estéticas e artísticas, a Nova Revista Amazônica publica trabalhos que tenham o intento de:<p>Estudar, a partir de movimentos endógenos e exógenos, as diversas representações e práticas que perfizeram e perfazem as várias configurações das culturas da/na Amazônia, mediante a compreensão das diferentes formações discursivas, em diferentes linguagens, e suas correspondentes condições sociais e históricas de produção.</p> Universidade Federal do Pará pt-BR Nova Revista Amazônica 2318-1346 <p><span>A Nova Revista Amazônica oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, não cobra taxas para submissão, nem para o processamen</span><span>to e publicação dos trabalhos</span><span>, pois acredita no compartilhamento gratuito do conhecimento científico ao público e na democratização mundial do conhecimento</span><span>. Procede, ainda, a divulgação da revista em diferentes mídias sociais de modo que a revi</span><span>sta possa ter maior alcance e circulação.</span></p><p><span><span>Licença </span><a href="http://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0/" rel="license">Creative Commons - Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional</a><span>.</span></span></p> Apresentação http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7495 Manoel Ribeiro de Moraes Júnior Kátia Marly Leite Mendonça Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 04 05 10.18542/nra.v7i2.7495 GIRA DE SANTO E CABOCLO NO “RECANTO DE OGUM” DE PAI KANZILÊ – IMAGENS DE UM TERREIRO NAGÔ DA CIDADE DE SOURE (MARAJÓ/PARÁ) http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7516 As imagens reunidas neste ensaio constituem o acervo de fotos registradas e utilizadas em tese de doutoramento, intitulada “Para além da juventude – “antropologia da experiência” e do “modo de vida gay” de homossexuais masculinos em processo de envelhecência da cidade de Soure (Marajó/Pará)”, realizada no e defendida pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará (PPGA/UFPA), entre os anos de 2010 e 2014, sob a supervisão e orientação do Prof. Dr. Ernani Pinheiro Chaves... Wladirson R. da S. Cardoso Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 231 241 10.18542/nra.v7i2.7516 LADAINHA EM LOUVOR A SÃO MIGUEL DA COMUNIDADE TAUERÁ DE BEJA (ABAETETUBA/PA) http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7517 Há quase um século uma prática cultural e religiosa ocorre na localidade chamada Tauerá de Beja, zona rural do município de Abaetetuba, Pará, Brasil. Trata-se da ladainha em homenagem a São Miguel, o anjo guerreiro. Uma característica marcante e bem peculiar dessa festa religiosa é a prática de cantar ladainhas de maneira tradicional com vozes bem divididas e utilizando-se de palavras em latim vulgar, algo que se mantém há gerações e que acabou se tornando uma das essências dessa tradição religiosa, misturando devoção e memórias.... Jocenilda Pires de Sousa do Rosário Samuel Antonio Silva do Rosário Rilvanda Maria Pires Santos Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 243 249 10.18542/nra.v7i2.7517 ESPAÇOS PÚBLICOS, LAZER E CIDADE: CONFORMAÇÃO DE PRAÇAS PÚBLICAS EM BELÉM-PARÁ http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7513 Este artigo identifica alguns acontecimentos marcantes na cidade de Belém-Pará, os quais influenciaram na produção e reconfiguração de Espaços Públicos, em especial na conformação dos largos que, atualmente, são mais conhecidos pela denominação de Praças Públicas. Para tanto, utilizou-se de ampla pesquisa bibliográfica e documental sobre a fundação e expansão urbana da cidade de Belém. Os resultados apontaram que, por aproximadamente dois séculos, a institucionalização desses espaços esteve vinculada a interesses religiosos de consolidação do catolicismo, por favorecer a aglutinação de pessoas. Somente no final do século XIX, foram denominados de praças e passaram a servir, mais fortemente, às práticas de lazer e de sociabilidade na cidade. Jessika Paiva França Mirleide Chaar Bahia Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 183 207 10.18542/nra.v7i2.7513 PAISAGEM E PERCEPÇÃO SOCIOAMBIENTAL EM ÁREAS DE VÁRZEAS URBANIZADAS, BELÉM-PARÁ http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7515 As várzeas são áreas importantes no contexto da paisagem amazônica. A sua ocupação remete à história dos primeiros grupos humanos na região. O processo de ocupação urbana, na sua história mais Márcia Aparecida da Silva Pimentel recente, tem modificado a dinâmica dessa unidade especialmente no seu sistema hidrológico, que passa a se readequar aos padrões de urbanização. O objetivo deste trabalho é discutir as propostas para o ordenamento urbano em áreas de várzea no município de Belém (PA), a partir da percepção das comunidades sobre o processo de reconstrução da paisagem. Os procedimentos metodológicos utilizados referiram-se inicialmente à revisão de literatura sobre os conceitos e materiais técnicos utilizados. Posteriormente, foram aplicados questionários, com questões abertas e fechadas, para os moradores que residem nessas áreas. Os resultados forneceram informações para compilação de material cartográfico e enfatizaram a percepção das questões sociais e ambientais apresentadas pelas comunidades. Para discussão dos dados foi utilizada a análise hierárquica desenvolvida no software Expert Choice. Como conclusão, considera-se que os instrumentos técnicos relevantes para demonstrar a relação entre as respostas obtidas e levou à constatação de que, geralmente, os planejadores urbanos ainda persistem em propor projetos sociais que desconsideram a diversidade cultural dos moradores. Ressalta-se que percepção da paisagem expressa todo um significado social que só é sentido por aqueles que a vivem e tem sua história como herança de vida. Assim, as ações de gestão e planejamento devem ser incorporadas nesta lógica, devendo-se questionar até que ponto a manutenção de determinadas condições não amplia a vulnerabilidade socioambiental de uma comunidade. Viviane Corrêa Santos Márcia Aparecida da Silva Pimentel Carla Cristina de Azevedo Sadeck Aline Maria Meiguins de Lima Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 209 228 10.18542/nra.v7i2.7515 Ver ou baixar revista completa http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7499 ... ... Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 253 253 10.18542/nra.v7i2.7499 A MATA COMO ESPAÇO DE ENCANTARIA: UMA RELAÇÃO COM A PENTECOSTALIDADE http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7500 <p>Falar das presentes e diversificadas influências religiosas que o pentecostalismo herdou durante sua formação histórica requer uma análise abrangente. Contudo, o artigo tem a proposição de construir apenas uma breve análise que provoque o debate acerca da mata como espaço de encantaria na cosmovisão pentecostal, sobretudo dos pentecostais que frequentam a vigília da mata, a qual comumente é denominada de “oração do monte” . Esse tipo de encontro ocorre, semanalmente, em uma zona de mata, no bairro de Val-de-Cães, em Belém. Dessa forma, a abordagem objetiva compreender possíveis elementos de ressignificação que o grupo frequentador faz de códigos da cultura religiosa dos povos tradicionais da Amazônia, onde ecoa, em sua forma de expressão religiosa, a importância da mata na qualidade de espaço mágico-religioso, logo, com traços de influência cultural xamânica. Desse modo, a abordagem atende o método qualitativo, produzido mediante observação participante e revisão bibliográfica, esta, especificamente, sobre a temática pentecostal das encantarias e do sincretismo, as quais ajudam na compreensão dessa relação da pentecostalidade com a mata, exteriorizada na vigília. </p> Rodolfo Moura Manoel Ribeiro de Moraes Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 07 18 10.18542/nra.v7i2.7500 A RELIGIÃO NA AMAZÔNIA E A QUESTÃO EPISTEMOLÓGICA SOBRE NATUREZA E CULTURA: UMA REFLEXÃO SOBRE A RELIGIOSIDADE POPULAR. http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7501 O presente artigo é uma reflexão sobre o tema natureza e cultura relacionado como a religiosidade popular, mas especificamente sobre testemunhos de milagres que é objeto de minhas pesquisas há vários anos. O tema traz a questão epistemológica porque, a partir da religiosidade, faço duas novas reflexões em minhas pesquisas sobre o assunto, onde já tinha analisado com as teorias de Victor Turner e Mircea Eliade . Metodologicamente este trabalho é uma reflexão para fugir da dicotomia natureza e cultura na composição da religiosidade popular amazônica, a partir de duas ideias, a saber, a ideia de Amazônia antropogênica que é a visão que a natureza e o humano se forjam mutuamente e a ideia do perspectivismo, que neste caso, tento mostrar que o ser humano amazônico se relaciona tanto com a natureza, quanto com os seres espirituais do catolicismo que são os santos e a Virgem Maria, compondo três mundos, o humano ou social, o natural e o espiritual, um exemplo disso são os testemunhos de milagres. José Maria Guimarães Ramos Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 19 29 10.18542/nra.v7i2.7501 O SAGRADO EM PRETO E BRANCO: UM RECORTE DA FESTA DE SÃO BENEDITO http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7502 A festa de São Benedito, conhecida como Marujada, ocorre todo mês de dezembro na cidade de Bragança no estado do Pará. Uma das características estéticas desse evento se manifesta na vestimenta dos devotos, conhecidos como marujos. O chapéu peculiar, a roupa branca, os pés descalços e os detalhes em vermelho (ou azul), criam a identidade dessa manifestação e constituem-se como uma expressão imagética única. Ainda que as cores sejam predominantes nessa manifestação cultural, chamando a atenção de grande parte das pessoas que participam da festa, o objetivo deste artigo foi construir uma narrativa fotográfica que fosse além das cores e, ao se construir imagens em preto e branco, procurou-se captar o mais profundo da festa: a relação com o sagrado. Este artigo é um desdobramento de tese de doutorado que buscou refletir sobre a relação com o excesso tecnológico que vivenciamos hoje e como certas imagens podem nos redimir da violência nele embutida. Todas as imagens são de autoria do titular do artigo e foram construídas na Marujada do ano de 2015. Helio Figueiredo da Serra Netto Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 31 52 10.18542/nra.v7i2.7502 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E O COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA AS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7503 O presente trabalho aborda a importância da extensão universitária a partir da experiência do Grupo de Estudos de Religiões de Matriz Africana na Amazônia - GERMAA da Universidade do Estado do Pará como ação de parceria para a efetivação da Lei 10.639/03 e para o combate a intolerância religiosa contra as religiões afro-brasileiras. Para isso, refletimos sobre a intolerância religiosa como ação de etnocentrismo a partir de ROCHA (1988) e geradora de estigma (GOFFMAN 1990), sobre o papel da universidade nos processos educativos escolares à luz de CHAUÍ (2003) e sobre a proposta de ação extensionista a partir de FREIRE (1983). Conclui-se que as atividades de extensão constituem-se em ações necessárias para o processo educativo, independente do nível de ensino. Taissa Tavernard de Luca Manoel Vitor Barbosa Neto Juscelio Mauro de Mendonça Pantoja Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 53 74 10.18542/nra.v7i2.7503 O CURRÍCULO DA PASTORAL DA JUVENTUDE E A CONSTITUIÇÃO SUBJETIVA DO JOVEM CATÓLICO http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7505 O presente texto aborda reflexões acerca da constituição do sujeito/jovem a partir dos documentos da pastoral da juventude. A pesquisa tem como objetivo analisar a constituição do discurso presente no currículo da pastoral da juventude como forma de subjetivação e objetivação dos jovens. Este estudo se estrutura a partir da análise dos documentos da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que trata sobre a evangelização da juventude, que são: documento 44 (1986), documento 85, (2007), Somos Igreja Jovem (2012), no qual está contido o projeto Tecendo Relações. Foi realizada a análise do discurso presente nesses documentos para que se possa compreender o processo de objetivação e subjetivação dos jovens. Subsidiará a pesquisa os escritos de Foucault. O procedimento metodológico utilizado na pesquisa foi pesquisa/leitura bibliográfica para análise do discurso pastoral, contidos nos documentos pastorais. Valdecy de Souza Meirelles Wladirson R. da S. Cardoso Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 75 90 10.18542/nra.v7i2.7505 Apresentação http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7506 ... Organizadores ... Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 92 94 10.18542/nra.v7i2.7506 “A CONQUISTA DO AMAZONAS”: ANTÔNIO PARREIRAS E A SUA REPRESENTAÇÃO DA AMAZÔNIA http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7508 O quadro “A Conquista do Amazonas”, de Antônio Parreiras, é rico em detalhes e capaz de remeter o expectador ao período colonial, contudo, trata-se de uma produção do início do século XX e nele é possível ver a construção de uma identidade regional pela qual marca o nascimento do Estado do Pará para além das fronteiras com os outros estados da federação. A produção de um quadro com essa simbologia não poderia ser delegada a um pintor qualquer, nesse sentido, Antônio Parreiras foi responsável por pintar a sua obra-prima que ficaria no Pará como parte do projeto republicano de construção de símbolos nacionais. Com esta encomenda, Antônio Parreiras organizou a sua primeira tela histórica. Nesta perspectiva, o principal objetivo é identificar os diversos aspectos presentes na tela A Conquista do Amazonas de Antônio Parreiras. Ressaltando que a tela narra um dos grandes feitos do período colonial, mas a sua produção faz parte de um projeto de construção de uma identidade regional. Tanto que a tela está dividida em três momentos-chave. O primeiro relaciona-se ao ato de conquista, no qual a leitura do termo de posse é feita. No centro, os cinco membros da expedição chefiada por Pedro Teixeira ouvem de maneira solene, não havendo manifestação de desrespeito; O segundo momento relaciona-se com a ideia de civilização em que o europeu conduz o elemento indígena em direção à vivência em sociedade e ao progresso. E, por último, o predomínio quase absoluto das tecnologias europeias, uma vez que as velas das embarcações portuguesas ocupam lugar de destaque se comparadas àquelas produzidas pelos indígenas amazônicos. Raimundo Nonato de Castro Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 97 116 10.18542/nra.v7i2.7508 FESTA DA CARIDADE: A REPRESENTAÇÃO DO NEGRO NAS COMEMORAÇÕES DO ABOLICIONISMO BELENENSE (1881-1888) http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7509 O artigo analisa a representação dos negros no contexto das festas do abolicionismo belenense. O trabalho discute as festas do abolicionismo enquanto discurso de caridade em torno da questão liberdade na década da abolição e a representação do negro enquanto “bom cativo”, trabalhador idealizado pelas elites senhoriais. As festas eram comemoradas enquanto um ritual de “batismo da liberdade” e momento de ideal de relacionar a liberdade enquanto ação festiva de caráter benevolente, momento de harmonia e confraternização. Carlos Denizar Machado Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 117 130 10.18542/nra.v7i2.7509 A PRÁTICA PEDAGÓGICA PARA A DIVERSIDADE CULTURAL NA ESCOLA DO CAMPO RIBEIRINHA http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7510 Este artigo, é parte de uma produção acadêmica científica de Conclusão de Curso, versa sobre a diversidade cultural na Escola do Campo Ribeirinha, traz como questão central o trabalho educativo do professor e sua prática pedagógica que possibilite o reconhecimento da diversidade cultural do espaço da sala de aula e potencializa a inter-relação entre os sujeitos do processo educativo. Fazemos um recorte dos resultados que objetivou analisar a metodologia do (a) professor(a) para trabalhar com a diversidade cultural na escola do campo ribeirinha. A pesquisa foi realizada no município de Benjamin Constant, Estado do Amazonas, com base na abordagem qualitativa utilizando-se de observações participantes em sala de aula e na escola, entrevistas semiestruturadas e análises de documentos, que permitiram discutir e refletir sobre o contexto educacional, as singulares e especificidades dos sujeitos no contexto escolar. A investigação apontou que apesar da existência de uma grande diversidade cultural no cotidiano da sala de aula e os parâmetros legais e didáticos que orientam o trabalho pedagógico, esta diversidade não é contemplada nas práticas docentes de sala de aula e tampouco no ambiente educacional. Diante do exposto, se impõem um grande desafio para modificar a forma como a prática efetiva, proporcionando vivências interculturais, sobretudo, nas metodologias que possam considerar os aspectos socioculturais oriundos dos educados, seus familiares e comunidade do entorno da escola. Por fim, é necessário uma maior aproximação dos conhecimentos teóricos com os conhecimentos e vivências culturais dos educandos, com vista a uma interação dialógica entre os sujeitos. Maria Auxiliadora dos Santos Coelho Josenildo Santos de Souza Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 131 145 10.18542/nra.v7i2.7510 RELAÇÕES INTERCULTURAIS EM PROCESSOS EDUCATIVOS DE POVOS RIBEIRINHOS DA AMAZÔNIA http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7511 A prática intercultural, no ensino de línguas estrangeiras, colabora para a construção de relações apaziguadoras no campo da tolerância, do respeito ao outro e na recepção de uma leitura positiva da pluralidade social e cultural que vislumbra a vida educacional dos estudantes. O trabalho teve por objetivo analisar as traduções interculturais na pratica de professores de língua estrangeira, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Almirante Barroso, na cidade de Mocajuba PA, destacando neste processo a tradução cultural e a dimensão linguística, na escola ribeirinha. Durante esta jornada investigativa, o referido projeto apresentou contribuições teóricas que ajudaram a formar uma nova visão nestes entre lugares de interação linguística e cultural: Jorge Larrosa (2002); Jacques Derrida (2002) em uma visão pós-colonial destacou-se: Homi Bhabha (2011) e com uma abordagem pós- crítica no campo do currículo: Sandra Corazza (2007); Michael Foucalt (2013) e Tomaz Tadeu da Silva (2000). Os resultados apontaram que os elementos linguísticos estão diretamente ligados com as questões culturais tanto do idioma sendo estudado, quanto da própria cultura local. Essa ligação se dá através de um diálogo entre identidade e diferença. O presente estudo percutiu na criação de um projeto social no ano de 2014 que teve parceria com universidades públicas da região, onde proporcionou aulas de língua inglesa gratuitas, para diversos jovens de escolas públicas do município de Mocajuba PA. Kleby Miranda Costa Jorge Domingues Lopes Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 147 165 10.18542/nra.v7i2.7511 OBRA LITERÁRIA CHUVA BRANCA E COMUNIDADE DO TREME: UMA BREVE REFLEXÃO ACERCA DAS EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS UTILIZADAS NESSES ESPAÇOS http://novoperiodicos.ufpa.br/periodicos/index.php/nra/article/view/7512 As expressões idiomáticas se fazem presentes quando termos ou frases assumem um significado diferente de quando são analisados por uma perspectiva isolada, isto é, a interpretação é captada de forma global pela soma das palavras. Devido a estas características, o estudo desses elementos linguísticos se torna cada vez mais difícil, uma vez que a língua possui suas variações e especificidades. Considerando que a obra Chuva Branca (1968) é caracterizada por sua grande abordagem lexical, assim como a comunidade do Treme em Bragança/Pará, este trabalho promoverá uma reflexão acerca dos fatores que contribuem para que algumas expressões idiomáticas estejam presentes nos espaços supracitados, ainda que o tempo e a realidade sejam distintas. É de grande valia ressaltar que este artigo faz parte de uma pesquisa maior que está sendo desenvolvida por meio de uma análise minuciosa e sistematizada dos principais aspectos lexicais da obra e da comunidade, tendo como base a lexicologia e a tradução cultural. Assim, este trabalho destacará pontos relevantes acerca do território amazonense, dando ênfase à cultura e aos hábitos populacionais que influenciaram e influenciam consideravelmente os aspectos linguísticos de um povo, nesse caso, os ribeirinhos. Livia Regina Fernandes Souza Tabita Fernandes da Silva Copyright (c) 2019 Nova Revista Amazônica 2019-09-09 2019-09-09 7 2 167 181 10.18542/nra.v7i2.7512