ResumoO artigo pretende analisar as imbricações entre artes visuais e linguagem cinematográfica no pensamento acerca de uma estética videográfica. Toma-se como objeto analítico o projeto “365 Day Project”, de Jonas Mekas. Partindo da afirmação do autor Philippe Dubois de que os conceitos da linguagem cinematográfica não são suficientes para problematizar as práticas videográficas, a pesquisa utiliza conceitos comuns à teoria da imagem e à filosofia da arte, especificamente os conceitos de “altermodernismo”, desenvolvido por Nicolas Bourriaud e de “gesto”, desenvolvido por Giorgio Agamben, para discutir o modo como a relação entre as obras videográficas e os dispositivos audiovisuais se torna produtora de subjetividades em um campo híbrido à linguagem do cinema e das artes visuais.AbstractThis article aims to examine the imbrications between visual arts and film language in the thought about a videographic aesthetic. It takes as analytical object the project “365 Day Project” by Jonas Mekas. From the assertion of author Philippe Dubois that the concepts of film language are not sufficient in order to discuss videographic practices, this research uses concepts common to image theory and art philosophy, specifically the concepts of “altermodernism”, developed by Nicolas Bourriaud and “gesture”, developed by Giorgio Agamben, to discuss how the relationship between videographic works and audiovisual devices becomes a producer of subjectivity in a field hybrid to the language of cinema and to the language of visual arts.