Ensino de frações baseado no paradigma de equivalência de estímulos

Autores

  • Antonio Carlos Godinho dos Santos Universidade católica de Goiás
  • Carlos Eduardo Cameschi Universidade de Brasília
  • Elenice S. Hanna Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.18542/rebac.v5i1.706

Resumo

Alunos brasileiros do sexto ano do ensino fundamental frequentemente não são capazes de resolver problemas que requerem o conceito de proporção e frações equivalentes. O presente estudo verificou se o ensino de relações condicionais entre estímulos fracionários numéricos e pictóricos ensinaria o conceito de proporção. Dez alunos da quinta série, com dificuldade em solucionar problemas fracionários, aprenderam a escolher frações numéricas correspondentes aos modelos pictóricos ou numéricos equivalentes em tarefa apresentada no computador. Os numeradores dos estímulos de comparação foram os mesmos para cinco participantes (E1) e variaram para outros cinco (E2). Todos os participantes aprenderam as relações ensinadas e demonstraram relações de simetria e transitividade/equivalência: três classes de frações (1/3, 1/4 e 1/5) com três membros cada (duas frações numéricas e uma pictórica) foram formadas. Entretanto, a expansão das classes formadas não ocorreu para a maioria dos estudantes após ensino adicional de relações entre novas frações numéricas e as pictóricas originais 1/3, 1/4 e 1/5. Nos testes de operante generalizado com novas proporções avaliadas ao longo do estudo, os participantes mostraram escores acima de 50% de acertos. Avaliações gerais em forma de prova de múltipla escolha e aplicadas em sala de aula mostraram ganhos significativos para os sujeitos experimentais, mas não para participantes de controle (GC). Escores nas condições de ensino e de teste foram, em geral, mais altos para E1 do que para E2. O efeito facilitador do procedimento e da manutenção do numerador sobre o estabelecimento de classes de frações com três elementos, mas não na ampliação das classes, requer investigações adicionais. O presente estudo mostrou a utilidade de um método baseado no paradigma de equivalência para o ensino de um dos conceitos matemáticos que muitas crianças têm dificuldade de aprender.Palavras-chave: controle de estímulos, equivalência de estímulos, aprendizagem de frações, controle condicional, conceito de proporção.

Biografia do Autor

Antonio Carlos Godinho dos Santos, Universidade católica de Goiás

Contou com financiamento do CNPq (Processo 400359/2008-1) e era pesquisadora do Instituto de Ciência e Tecnologia sobre Comportamento, Cognição e Ensino, apoiado pela Fapesp (Processo 08/57705-8) e pelo CNPq (Processo 573972/2008-7).

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Publicado

2012-02-08

Edição

Seção

Artigos Teóricos