Professores como cerrado: a cada chuva o esplendor da primavera

Autores

  • Andréa Inês Goldschmidt UFSM, UFG

DOI:

https://doi.org/10.18542/amazrecm.v12i24.2426

Palavras-chave:

docência, formação inicial, estágios

Resumo

O campo de estágios é um local importante quando pensamos em formação de professores, sendo necessário serem estimuladas reflexões que impliquem na identidade docente e sua práxis. Uma das vias para a configuração dessas reflexões é a utilização de metáforas. Diante deste cenário, foi proposto aos estagiários do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas realizarem a leitura do texto de Maria Socorro Lucena Lima, intitulado “O estágio nos cursos de licenciatura e a metáfora da árvore”. Após, construíram a árvore do Estágio Curricular Supervisionado I, como objeto de estudo e reflexão; porém, levando-se em consideração o bioma cerrado. Foram elencadas seis espécies florestais, a serem construídas e apresentada as associações realizadas entre o texto lido, as reflexões realizadas e as características biológicas das espécies. Os alunos trouxeram construções importantes, como a singularidade de cada espécie e a experiência individual de cada um, revelando que “ser professor” se constitui historicamente. Foi apontado pelos participantes as adversidades do solo do cerrado e da profissão, refletindo sobre as dificuldades e desvalorização docente e a importância deste profissional na sociedade. Podemos conceber os alunos como futuros profissionais conscientes de sua prática, como um profissional reflexivo.

Biografia do Autor

Andréa Inês Goldschmidt, UFSM, UFG

Curso de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Maria, Campus Palmeira das Missões; Programa de Pós Graduação em Educação em Ciências e Matemática, Universidade Federal de Goiás.

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Publicado

2016-07-31

Edição

Seção

Artigos Científicos