A MERCADORIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO E A INTENSIFICAÇÃO DO TRABALHO DO PROFESSOR DO ENSINO SUPERIOR, EM PORTUGAL

Autores

  • belmiro Gill Cabrito Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.18542/rve.v12i1.1003

Resumo

Neste arquivo pretende-se descrever os processos de mercadorização da educação e de intensificação do trabalho do professor do ensino superior, em Portugal, partindo de alguns eventos fundamentais: a Revolução Democrática, de 25 de abril de 1974 (Revolução dos Cravos); a abertura da educação superior ao capital privado, em 1986, o estabelecimento de propinas no ensino superior público, em 1992, a adequação ao processo de Bolonha, em 2006. O artigo informa sobre o gradual, ee por vezes brutal, processo de desresponsabilização do Estado no financiamento da educação superior com a correlata necessidade de as instituições de ensino superior público diversificarem as suas fontes de financiamento no mercado. Paralelamente, apresenta-se a evolução do número de alunos matriculados no ensino público e o número de docentes nesse segmento educativo, bem como incremento da sua atividade profissional e o forte papel que esses docentes desempenham na investigação científica. Finaliza-se o artigo, concluindo que a educação superior e a investigação científica se encontram fortemente dependentes do mercado e que o trabalho do professor de ensino superior se intensificou, encontrando-se ao serviço do capital de predominância financeira. Palavras-chave: Ensino superior. Investigação científica. Mercadorização da educação/investigação. Intensificação do trabalho docente.

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Publicado

2012-12-07

Edição

Seção

Artigos Científicos Originais