Localidade fragmentada e novo vínculo social local. Uma análise a partir das relações campo-cidade na Transamazônica(região Altamira-PA)
DOI:
https://doi.org/10.18542/raf.v1i2.4534Resumo
As pequenas cidades da Transamazônica sofreram um processo de crescimento urbano intenso nos dez últimos anos, assim como toda a Amazônia. A região começou a ser apresentada como uma “floresta urbanizada”, para retomar a imagem de Bertha Becker. Este artigo procura entender o significado desse crescimento urbano simboliza, geralmente, a crise do meio rural e sugere que o vínculo social dos camponeses com a sua antiga comunidade é rompido pela migração. Mas a mobilidade para a cidade não corresponde necessariamente a trajetória descendentes, e não implica tampouco em ruptura do vínculo social. Pelo contrário, a análise das práticas e das estratégias das famílias de duas cidades da Transamazônica, Uruará e Rurópolis, no Pará, indica uma reformulação dos vínculos sociais locais, e ultrapassa a habitual dicotomia entre rural e urbano. A “transterritorialidade” é um conceito que permite analisar os vínculos sociais do conjunto da família entre cidade e campo, por meio da sua história. Se a localidade é o espaço de sociabilidade vivido pelos indivíduos, as praticas das famílias dessa frente pioneira levam a abordar esse conceito como um sistema, cujos pedaços ou fragmentos podem ter uma inserção territorial distinta e distante.Downloads
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