Mergulhando na dinâmica da vida social amazônica, regida pela temporalidade das águas, o artigo acompanha, em diálogos entre História e Literatura, modos de ser e viver de populações marajoaras, flhas das mestiçagens afroindígenas, detentoras de saberes locais em mediações culturais com ocidentais conhecimentos letrados. Deitada em poéticas, paisagens e personagens recriados pelos literatos Dalcídio Jurandir e Sylvia Helena Tocantins, esta composição textual ainda visualiza rastros do popular marajoara elaborando, com forte criatividade, sentidos para reafrmar cosmovisões e experiências sócio-culturais. Estes sujeitos históricos, nas sutilezas de suas manifestações e práticas de pertença, driblaram limites e intolerâncias de poderes civis e eclesiásticos institucionalizados, entre campos e forestas, na Amazônia Marajoara. Palavras-chave: regime das águas, culturas afroindígenas, saberes locais.
Biografia do Autor
Agenor Sarraf Pacheco, Universidade da Amazônia
Agenor Sarraf PachecoProfessor Títular da Universidade da Amazônia - Unama e Coordenador da Divisão de Projetos Educacionais da SEMED/Melgaço. agenorsarraf@uol.com.br