Partindo da dicotomia entre festa e militância que recai sobre as paradas da diversidade ou do orgulho LGBT, realizadas tanto nas grandes metrópoles quanto nos interiores, este artigo pretende desafiar esta lógica e mostrar as possibilidades políticas desse tipo de evento. Apesar de não indicarem o fim da violência ou a conquista de algum direito em lei, as paradas afirmam uma existência, marcam uma presença na superfície urbana, uma política que é a de colocar o corpo na rua, mas não um corpo único e desejável, mas corpos possíveis que ao ocuparem esse espaço público desafiam a heteronormatividade que havia lhes dado o armáriocomo única possibilidade.