O presente artigo explora algumas das possibilidades de relações sociais que se desdobram a partir de um fenômeno recente: a epidemia de Zika de 2014 e o surto da Síndrome Congênita do Zika Vírus. Partindo de dados secundários produzidos na cidade de Recife, Pernambuco, mostro como a deficiência, enquanto um marcador social das crianças que nascem com a síndrome, mobiliza as mães e cuidadoras a estabelecer redes de solidariedade e de produção de conhecimento que são muito específicos do contexto de crise vivenciado a partir do surto.