ASSOCIAÇÃO INDÍGENA TEMBÉ DE SANTA MARIA DO PARÁ (AITESAMPA): UM RELATO SOBRE A LUTA POR DIREITOS ÉTNICOS

Autores

  • Edimar Antonio Fernandes Universidade Federal do Pará
  • Almir Vital da Silva Universidade Federal do Pará
  • Jane Felipe Beltrão Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.18542/amazonica.v3i2.774

Resumo

Lutar pela observância da Constituição Federal de 1988 se constitui em esforço de grande envergadura, especialmente para as associações indígenas, instrumentos de luta na defesa e promoção dos direitos étnicos. As associações, formadas à semelhança das organizações não-indígenas, procuram desenvolver projetos que compreendam a afirmação de identidades étnicas das comunidades  representam os indígenas em negociações internas e  externas, contribuindo para a construção da autonomia e autodeterminação dos povos indígenas. Exemplo disso é a Associação Indígena Tembé de Santa Maria do Pará (AITESAMPA), que representa os Tembé, conhecidos como de Santa Maria por terem sua Terra nos limites do município do estado do Pará. A Associação luta pelo reconhecimento identitário e pela demarcação de terras para seu sustento, visto que desde o século XIX, foram escorraçados de suas terras e obrigados a deslocamentos não desejados, até se estabelecerem no, hoje, município de Santa Maria. O estudo se debruça sobre a atuação da referida Associação,  a partir da relevância dos “projetos” sociais e étnicos que permitem o fortalecimento da identidade dos Tembé. Analisam-se as estratégias elaboradas através de iniciativas denominadas “projetos”, desenvolvidos pela Associação para a defesa dos direitos indígenas e promoção de diálogo com o Estado brasileiro e a sociedade não-indígena que teimam em não aceitá-los, especialmente porque são “desconhecidos” na literatura etnológica que trabalha mais a partir dos Tembé localizados no Alto Rio Guamá. O trabalho é desenvolvido a partir das narrativas indígenas e do acompanhamento da movimentação social. Nessa condução, os autores envolvidos possuem uma visão “implicada”, pois dois são membros de povos indígenas e a não-indígena foi chamada a assessorá-los.Palavras-chave: Direitos indígenas, identidade étnica, organizações indígenas, ovimento indígena.

Biografia do Autor

Edimar Antonio Fernandes, Universidade Federal do Pará

Programa de Pós-Graduação em DireitoMestrando em Direito, Bolsista CNPq.

Almir Vital da Silva, Universidade Federal do Pará

Faculdade de Farmácia, Bolsista de IC/CNPq Instituto de Ciências da Saúde.

Jane Felipe Beltrão, Universidade Federal do Pará

Programa de Pós-Graduação em Antropologia Universidade Federal do Pará Pesquisadora do CNPq

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Publicado

2012-03-19

Edição

Seção

Artigos Originais