Este artigo tem por objetivo reconhecer a obra do poeta paraense Bruno de Menezes como antecipadora dos conceitos de negritude e crioulização, impressos em Aimé Cesaire e Edouard Glissant, conceitos que qualificam a modernidade do literato. Para tanto, serão analisados três poemas de Menezes, publicados no livro Batuque (1931), considerando-se o estilo e as condições sociais e históricas de produção. Conclusivamente, destaca-se que o não reconhecimento da poesia de Menezes, no cânone local e nacional, foi muito mais decorrente de fatores sociais do que em razão da qualidade de sua obra.
Biografia do Autor
José Guilherme dos Santos Fernandes, Universidade Federal do Pará
Graduação em Letras pela Universidade Federal do Pará, mestrado em Lingüística e Teoria Literária pela Universidade Federal do Pará e doutorado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Pará.