As usinas hidrelétricas na Amazônia ocidental brasileira (Santo Antônio, Jirau e Belo Monte, em processos de construção ou de decisões) são projetos infraestruturais potencialmente estruturantes. Elas não são objetos técnicos recentes nem tampouco isolados. Suas execuções suscitam polêmicas e diferentes críticas ou defesas. O objetivo principal do artigo é articular os planos de construção de usinas e a formação de redes sulamericanas de transmissão de energia elétrica e de gasodutos com os processos de produção, de comercialização internacional de mercadorias e de dinamização de corredores de exportação de commodities de forma coerente ao modelo de desenvolvimento vigente. Assim, o trabalho proposto consistiu em examinar os contextos atuais de criação destas hidrelétricas, suas relações com os planos de integração da América do Sul e seus impactos locais/regionais. As perspectivas adotadas foram: A) análise histórica evolutiva; e B) comparação de dados relativos ao consumo e ao desenho das redes de energia integradas (em construção) apresentadas por países da América do Sul limítrofes do Brasil.
Biografia do Autor
Maria Coelho
Mestre em Geografia pela PPGG/UFRJ. PhD em Geografia pela Universidade de Syracuse, EUA. Pesquisadora do CNPq
Elis Miranda
Mestre pelo NAEA e Doutorado pelo IPPUR/UFRJ. Professora de Geografia da UFF/Campus. Coordenadora de projetos de Pesquisa junto ao CNPQ e FAPERJ.
Luis Jardim Wanderley
Mestre em Geografia pela PPGG/UFRJ. Doutorando do PPGG/UFRJ. Suas principais áreas de interesse são: Conflitos sociais, Mineração e Geografia Agrária.
Tomás Coelho Garcia
Graduado em Ciências Sociais pela UFRJ e doutorando em Sociologia pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos (IESP-UERJ). Integra o Laboratório da Conjuntura Social: Tecnologia e Território (LASTRO)