A escrita da história de Marajó, em Dalcídio Jurandir

Authors

  • Willi Bolle USP

DOI:

https://doi.org/10.5801/ncn.v14i1.551

Abstract

Dentre as dez obras do Ciclo do Extremo Norte (1941-1978), de Dalcídio Jurandir, focalizamos aqui o romance Marajó (1947), por ser o que contém a maior diversidade de informações sobre a cultura cabocla. Esse romance semi-documental é uma modalidade de escrita da história, ao mesmo tempo em que o seu componente ficcional, que inclui uma trama erótica, marca uma diferença. Na sociedade retratada são realçadas as relações de poder, que examinamos do lado dos senhores e do lado dos pobres, incluindo as formas de resistência destes. O episódio central da obra é um utópico projeto de melhoria social, empreendido pelo protagonista, o filho rebelde de um latifundiário. Com essa utopia social e a opção do romancista por essa figura de mediação entre ricos e pobres - no plano da ação narrada, como na tradução da cultura cabocla para o código do leitor culto - o romancista apresenta um tema que é relevante tanto para as ciências sociais quanto para os estudos literários e culturais.    

Author Biography

Willi Bolle, USP

Professor do Departamento de Letras Modernas da FFLCH da USP

Published

2011-06-01

Issue

Section

Artigos