O artigo apresenta uma análise dos usos da palavra caboclo, distinguindo entre a complexidade do uso popular e a objetividade postulada pelo uso acadêmico. A representação dessa categoria social, ao lado da história do termo, revelam um retrato da própria história da Amazônia, com sua estrutura de classes e a valoração social atribuída aos seus componentes. Sendo essencialmente um termo de identificação, e raramente uma identidade, o nome caboclo faz parte da construção das relações sociais, ao classificar pessoas e definir sua posição na hierarquia social. Com base nessa complexidade, o artigo faz uma crítica à objetividade reivindicada pelo uso acadêmico.
Biografía del autor/a
Deborah Magalhães Lima, NAEA/UFPA
Doutora em Antropologia e Professora do Departamento de Antropologia e do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Universidade Federal do Pará.