Programas de transferência de renda em duas Unidades de Conservação na Amazônia brasileira e Sustentabilidade
DOI :
https://doi.org/10.5801/ncn.v19i2.2379Mots-clés :
Bolsa Família, políticas de transferência de renda, Amazônia, Reservas de Uso Sustentável, Economia Doméstica.Résumé
O artigo examina o impacto de benefícios na economia doméstica das duas primeiras RDS do Amazonas – Mamirauá e Amanã. Na amostra de 920 domicílios, em 2010, a renda média mensal foi de 1,5 salários mínimos e R$ 148,00 per capita. A distribuição da renda se mostrou uniforme (Gini=0,075), com diferenciação econômica ligada ao ciclo de desenvolvimento doméstico – famílias abaixo da linha da pobreza são maiores e têm chefes mais jovens. A contribuição dos benefícios chega a 44% da renda e alcança 87% dos domicílios. A venda da produção – referência de campesinidade – contribui com 37% da renda total, mas em valores absolutos é maior entre os que recebem benefícios, sugerindo que criam condições favoráveis para a produção. Os benefícios ajudam a elevar o padrão de consumo em 30% e aumentam a compra de bens domésticos (70%); significam maiores oportunidades de acesso à educação e saúde, por meio do usufruto de bens e serviços disponíveis nas cidades. Nas Reservas de Uso Sustentável os benefícios contribuem com o compromisso de melhoria das condições de vida. Apesar desse aporte, o padrão de renda se mantém baixo e 62% das famílias tiveram renda per capita abaixo do estabelecido como linha de pobreza.Téléchargements
Publié-e
2016-11-19
Numéro
Rubrique
Artigos