Erva-mate, recursos naturais, história agrária, Lei de Terras e Brasil Meridional
Resumo
O objetivo deste artigo é analisar a importância econômica da erva-mate no processo de colonização do sul do Brasil no século XIX. Mostramos que, diante dos baixos lucros obtidos com a pecuária, a elite fundiária se apropriou de vastas extensões de ervais, especialmente na segunda metade do XIX. Na Província do Rio Grande do Sul esta atividade extrativa permitiu aos fazendeiros e aos comerciantes uma rápida acumulação de capital. A lucratividade com o mate também foi o estímulo econômico à grilagem de terras florestais. A exploração dos ervais localizados no oeste da Província de Santa Catarina pelos argentinos levou o Governo Imperial a intervir na região. A exploração da erva-mate empregou uma mão de obra tão extensa quanto a pecuária, e permitiu a expansão do universo social dos “homens livres e pobres”.
Biografia do Autor
Cristiano Luís Christillino, Universidade Estadual da Paraíba/Universidade Federal de Pernambuco
Possui Graduação em Historia pela Universidade Federal de Santa Maria (2001), Mestrado em História pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2004), Doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2010) e Pós-Doutorado em História na Universidade Federal de Pernambuco (2012). Atualmente é Professor Adjunto na Universidade Estadual da Paraíba e Professor Colaborador no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco. Tem experiência de pesquisa na área de História, com ênfase em história agrária, história social e história política do Brasil e da América Platina no século XIX. É líder do Grupo de Pesquisa Cultura Política e Poder e coordena o Grupo de Trabalho Terra na ANPUH/PB.