A “fala do desenvolvimento” em Belterra e a transformação do lugar em dois contextos de modernização

Autores

  • José Carlos Matos Pereira PPCIS/UERJ
  • Márcia da Silva Pereira Leite Professora adjunta do Departamento de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

DOI:

https://doi.org/10.5801/ncn.v14i2.579

Resumo

Sessenta e seis anos separam o fim da experiência do plantation de seringa de Henry Ford (1945) da presença da soja na cidade paraense de Belterra, na Amazônia brasileira. No primeiro caso, temos a construção de uma cidade na floresta e a criação de uma hierarquia sociofuncional com base no sistema fordista de produção. No segundo, uma ação planejada e seletiva que teve apoio político em diversos níveis, financiamento público, flexibilização da legislação ambiental e estudos científicos que subsidiaram a melhor localização do empreendimento. A ligação entre os dois períodos encontra-se na produção do desarranjo dos modos de vida preexistentes, no uso predatório da natureza e na enunciação de estereótipos pelos “de fora” contra a população do lugar sob o abrigo da “fala do desenvolvimento”.

Biografia do Autor

José Carlos Matos Pereira, PPCIS/UERJ

Sociólogo e Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPCIS/UERJ).

Márcia da Silva Pereira Leite, Professora adjunta do Departamento de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Doutora em sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pós-doutorado na EHESS – École des Hautes Études en Sciences Sociales – e no Iuperj – Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro da Universidade Cândido Mendes. Pesquisadora do CNPq.

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Publicado

2016-04-11

Edição

Seção

Artigos