Grandes projetos urbanos em metrópoles amazônicas: modernização e conflito

Autores

  • Sandra Helena Ribeiro Cruz UFPA
  • Edna Ramos de Castro NAEA
  • Maria Elvira Rocha de Sá

DOI:

https://doi.org/10.5801/ncn.v14i2.742

Resumo

Compreender a dinâmica das cidades amazônicas, e da urbanização, pressupõe a análise histórica do processo de crescimento econômico e da relação sociedade x natureza. A densidade urbana esteve na Amazônia diretamente relacionada às políticas de exploração dos recursos naturais como verificado com a intensificação da extração de borracha em fins do século XIX, fator determinante na formação das metrópoles, observando-se na ocasião importantes intervenções urbanísticas. Belém e Manaus tornaram-se expressões urbanas da nova dinâmica econômica, social e política. Nos últimos anos, o poder público, aliado às agências multilaterais de financiamento internacional, procurou responder às demandas da população por moradia e saneamento com expressivas intervenções urbanísticas que demarcam um novo momento de grandes projetos urbanos. Observa-se, porém, contraditoriamente às demandas por formas sociais de apropriação e de uso do espaço urbano, no âmbito dos conceitos de direito à cidade e reforma urbana, a adoção da mercantilização das cidades como principal estratégia de desenvolvimento, aprofundando conflitos e a segregação social. Neste artigo procuramos mostrar esses processos a partir da análise de dois programas de intervenção urbana: o Portal da Amazônia, em Belém e o Programa Social e Ambiental dos Igarapés, em Manaus.

Biografia do Autor

Sandra Helena Ribeiro Cruz, UFPA

Assistente Social, Docente da Faculdade de Serviço Social do ICSA/UFPA. Doutoranda do PDTU/NAEA.

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Publicado

2016-04-11

Edição

Seção

Artigos