A criação de Unidades de Conservação de Proteção integral tem impactado de diversas formas as populações localizadas no interior ou no entorno de áreas protegidas. O foco deste artigo é o Parque Estadual Monte Alegre (PEMA), localizado na porção noroeste do Pará. Criado em 2001, com objetivo principal de proteger as pinturas rupestres da área, o PEMA é um exemplo típico dos conflitos advindos da criação de UCs na região amazônica. As restrições ao uso da terra impostas pela criação do PEMA provocam mudanças nas práticas produtivas e na própria dinâmica das comunidades afetadas, gerando tensões e frustrações. Este artigo analisa os conflitos a partir de estudo junto a comunidades locais. O entendimento do problema pode servir de referência a decisões sobre a criação de outras áreas protegidas na região, reduzindo-se os focos de tensão.
Biografia do Autor
Izabel Cavalcanti Ibiapina Parente, UnB
Socióloga, antropóloga e Mestre em Desenvolvimento Sustentável pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília. Pesquisadora da Rede Clima – Mudanças Climáticas e desenvolvimento Regional
Marcel Bursztyn, UNB
É doutor em Desenvolvimento Econômico e Social, Burstyn coordenada desde 2000 o Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da Universidade de Brasília (UnB), onde tem pesquisa nas áreas de Políticas Públicas, Gestão Ambiental e Ambiente Urbano e Exclusão Social. O economista presidiu também a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF) entre 1996 e 1997.