ENTRE A FRONTEIRA E O LIMIAR: O AUTOR E O NARRADOR EM SCENAS DA VIDA AMAZÔNICA
DOI:
https://doi.org/10.18542/nra.v5i3.6299Resumen
A história da literatura foi marcada pela seleção de determinadas obras e autores para composição do cânone. Outras figuram às margens, recuperadas, entretanto, pelo leitor que a atualiza e a discute. Scenas da Vida Amazônica é uma dessas obras, cuja recepção não apenas a retoma como coloca em debate questionamentos acerca da constituição da obra, ora compreendida como um texto de cunho etnográfico, ora como literário. Embasado na primeira edição da obra (1886), este artigo busca discutir sobre o estatuto que a configura, a partir dos construtos teóricos de Walter Benjamim (1994) acerca da ideia de limiar e sua relação com a ficcionalidade, relacionado ao pensamento de Wolf Schimid (2010) referente ao evento como condição imprescindível à narratibilidade. Ainda, considera os estudos de Harold Bloom (1995), Gérard Genette (2008), Wolfgang Iser (1983) e Josefine Ludmer (2007). Como resultado, compreende-se o limiar como lugar de excelência do narrador e marca indelével da ficção, a qual assim se constitui e se afirma a partir de um dado evento. Tanto nas narrativas quanto nas descrições, entre os capítulos e, ainda, da literatura em relação às demais produções de José Veríssimo, Scenas da Vida Amazônica é uma obra circunscrita por passagens.Descargas
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Dossiê Amazônia
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