A geografia da diferença nas Veredas de Guimarães Rosa

Auteurs-es

  • Paulo Petronilio Correia

DOI :

https://doi.org/10.18542/nra.v1i2.6285

Résumé

O objetivo desse artigo é mapear a geografia da Diferença que povoa a literatura do senhor João Guimarães Rosa, bem como cartografar o estatuto do Narrador, seus múltiplos signos e aprendizados em suas travessias. Guimarães Rosa, em sua obra Grande Sertão: veredas, embaralhou os códigos da sua própria língua e do pensamento fazendo assim emergir um sertão cheio de “ocultos caminhos”, dobrando o pensamento para fora e para dentro, nos convidando a construir uma terceira margem através do “demônio” da criação. Assim, esse artigo propõe evidenciar nas veredas de Rosa uma narrativa da diferença onde as vozes dos signos emitidos por Riobaldo Tatarana, personagem-mor, nos fazem compreender que pensar é decifrar as pressões secretas da obra de arte, dobrando o pensamento ao infinito. Tal literatura se evidencia como forte presença de signos que se desdobram formando uma complexa máquina da diferença.

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