AS POÉTICAS ORAIS DE MARIA NOS LIMIARES DE TAPERAÇU-CAMPO

Autores

  • Fernando Alves da Silva Júnior
  • Aline Costa da Silva

DOI:

https://doi.org/10.18542/nra.v5i3.6314

Resumo

Maria do Bairro é uma pajé. Figura limiar por excelência e por alguns motivos. Primeiro por não se enquadrar nos padrões heteronormativos, não responder ao binarismo masculino/feminino, algo similar ao que propõe Judith Butler em seu Problemas de gênero (2013). Segundo por ter escolhido um lugar que está no entremeio de duas comunidades, Acarpará e Tamatateua. Terceiro porque para a própria condição de pajé estar no entremeio é uma prerrogativa para aquele que consegue ver o que os olhos comuns não enxergam. O que Maria vê compõe suas poéticas orais e nelas as histórias da Matinta e do Lobisomem são narradas, dando-nos saber, com evento e performance, as vivências da encantada de Taperaçu-Campo e suas experiências limiares com a mitopoética amazônica.

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