Há quase meio século discute-se a finitude dos recursos naturais e a irracionalidade de sua exploração pelo modelo econômico vigente que resultou na presente crise ecológica. Este artigo discute o Decrescimento, uma das saídas propostas à esta crise. Nome propositalmente antipático para que o establishment não se aproprie, como ocorre com o Desenvolvimento Sustentável. O objetivo é desenhar a trajetória do Decrescimento para identificar as possibilidades e limites. Pesquisaram-se as principais publicações que sustentam a proposição. As origens do Decrescimento são múltiplas, tanto de caráter econômico como cultural e as proposições são variadas. Contudo, há três certezas: a ideologia do crescimento, que rege o presente modelo econômico, caso não seja modificado, nos levará a uma catástrofe; medidas paliativas, como as propugnadas pelo Desenvolvimento Sustentável, não conduzem a uma solução da crise ecológica; a saída possível é quebrar a lógica da ideologia do crescimento, buscando uma vida mais simples, com relações sociais mais agradáveis e melhor distribuição, e redução, dos bens materiais. O artigo finaliza perguntando-se sobre a possibilidade de as propostas do Decrescimento serem levadas a cabo, e quais os seus obstáculos.Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável. Decrescimento. Crise Ambiental.