O ESTUDO DA CULTURA PELA ANÁLISE DO COMPORTAMENTO E A OBRA DE SIGRID GLENN

Autores/as

  • Angelo A. S. Sampaio Universidade Federal do Paraná, Curitiba
  • Felipe L. Leite

DOI:

https://doi.org/10.18542/rebac.v11i2.4014

Resumen

Apesar de seu foco no estudo do comportamento de organismos individuais, a Análise do Comportamento tem tratado há décadas de fenômenos sociais e culturais. Apenas na década de 1980, porém, começou-se mais claramente a tratar a cultura como objeto de estudo independente, buscando avaliar as variáveis que afetavam a sua evolução mesmo que sem referência direta ao comportamento individual. A análise da cultura como objeto específico de pesquisa ganha mais fôlego com a proposição por Sigrid Glenn do conceito de metacontingência e com os trabalhos posteriores da autora. O conceito de metacontingência foi alterado em sucessivas publicações de Glenn, aumentando o foco na recorrência de contingências comportamentais entrelaçadas e dos seus produtos agregados. Além disso, a consequência comum ao grupo deixou de ser caracterizada como um evento necessariamente a longo prazo, sugerindo que ela também poderia ser um evento imediato. O artigo Comportamento individual, cultura e mudança social (Glenn, 2004) – cuja tradução este texto introduz – pode ser entendido como uma síntese de muitas das discussões anteriores sobre o tema e como marco do estabelecimento de muitos conceitos que continuam a ser empregados pelos interessados no tema. O conceito de metacontingência continuou passando por reformulações após o artigo de Glenn publicado em 2004, mas apenas no início do presente século experimentos que explicitamente o empregam começaram a ser realizados. Palavras-chave: metacontingência, macrocontingência, evolução cultural, comportamento social. 

Publicado

2016-12-19

Número

Sección

Clássicos