USO DO PROCEDIMENTO DE MÁSCARA PARA VERIFICAR RELAÇÕES DE CONTROLE DE ESTÍMULOS EM MACACOS-PREGO

Auteurs-es

  • Ilara Reis Nogueira da Cruz Universidade Federal do Pará
  • Carlos Rafael Fernandes Picanço Universidade Federal do Pará
  • Romariz da Silva Barros Universidade Federal do Pará

DOI :

https://doi.org/10.18542/rebac.v6i1.991

Résumé

Diferenças sutis entre as relações de controle planejadas pelo experimentador e aquelas efetivamente estabelecidas nos treinos discriminativos são frequentemente encontradas em estudos com participantes humanos com desenvolvimento severamente atrasado ou com sujeitos não humanos. Grande parte das vezes, essas diferenças só são identificadas por meio de testes. O presente estudo avaliou a viabilidade do uso do procedimento de máscara para verificar relações de controle em discriminação condicional (emparelhamento ao modelo por identidade) com macacos. Foram utilizados dois macacos da espécie Cebus cf. apella como sujeitos. O procedimento consistiu no treino de emparelhamento ao modelo por identidade e testes de relações de controle, nos quais ora o S+, ora o S– era substituído por uma janela vazia (máscara). Com a remoção desses estímulos em tentativas de sonda, avaliou-se sua participação na determinação de diferentes tipos de relações de controle do comportamento de escolha: Controle pelo S– ou Controle por Rejeição; Controle pelo S+ ou Controle por Seleção; ou ambos, ou seja, Controle Misto. Os dados obtidos mostram que (1) as discriminações estabelecidas não deterioraram com a aplicação dos testes e (2) as escolhas nas tentativas de sonda permitiram inferir com sucesso as relações de controle vigentes. O sujeito M09 apresentou Controle por Rejeição inicialmente em uma das relações condicionais e Controle Misto nas outras relações testadas. O sujeito M16 apresentou Controle Misto em todas as relações testadas. Com esses achados, o procedimento de máscara pode ser considerado adequado para verificação de relações de controle em discriminações condicionais com macacos como sujeitos. Encoraja-se o uso desse procedimento em estudos futuros sobre classes de equivalência com não humanos para verificar se de fato foram estabelecidas relações condicionais arbitrárias modelo-S+ (i.e., Controle por Seleção ou Misto). Palavras-chave: procedimento de máscara, emparelhamento ao modelo por identidade, Cebus cf. apella.

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Publié-e

2012-12-06

Numéro

Rubrique

Relatos de Pesquisa