Clientelismo e democracia nas organizações dos agricultores familiares da microrregião de Marabá. A Associação dos Pequenos Agricultores da Consulta
DOI:
https://doi.org/10.18542/raf.v1i2.4537Abstract
Este texto é uma reconstrução da experiência de uma associação de pequenos agricultores familiares de um dos assentamentos de “reforma agrária” da microrregião de Marabá, no sudeste do Estado do Pará, orientada por uma reflexão sobre os limites e as possibilidades dessa experiência frente ao desafio da integração desses novos produtores proprietários ao mercado e á sociedade nacional. Tem como pano de fundo o recente processo de democratização – ou de construção do tecido social – da sociedade brasileira. Parte do pressuposto de que essas organizações nascem, frequentemente, em comunidade com as praticas das relações sociais personalizadas – clientelismo e/ou paternalismo – constitutivas das relações de dominação – ou de exploração – que fazem parte da trajetória social desses agricultores. Trabalha com a hipótese de que essas relações sociais personalizadas existem, no interior dessas organizações, em permanente conflito com as regras renovadoras da nova situação em que eles se encontram colocados: regas das relações sociais democráticas, que tendem a se sobrepor na experiência vivida da associação. E conclui sobre a necessidade – e a maior eficácia relativa – de um trabalho de assessoria ao desenvolvimento capaz de contribuir para o aceleramento desse processo.Downloads
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