LIMITAÇÕES AO USO AGROPECUÁRIO DAS TERRAS FIRMES NA AMAZÔNIA E TRANSFORMAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO DOS AGRICULTORES FAMILIARES NO TERRITÓRIO DO BAIXO TOCANTINS

Autores/as

  • Paulo Fernando da Silva Martins Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural - NCADR/UFPA
  • Moacir José Moraes Pereira Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural - NCADR/UFPA
  • Francinaldo Ferreira de Matos Mestre em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável – MAFDS
  • Bruno Ribeiro da Silva Júnior Instituto de Desenvolvimento e Assistência Técnica da Amazônia (IDATAM)
  • Andreia Cristine Scalabrin Mestra em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal do Pará (UFPA)

DOI:

https://doi.org/10.18542/raf.v0i10.4431

Resumen

Na Amazônia, é possível promover o uso das terras, de forma aceitável, através de uma gestão compatível com a fertilidade do meio natural. Para isso é necessário que, por um lado, se conheça as relações entre as formas de uso e o meio ambiente e, por outro, as características do meio natural e as condições dos utilizadores desse meio. Estudos que relacionam, através de metodologias econômicas e estatísticas, o valor bruto da produção, em diversas expressões temporais e espaciais, com dados sobre crédito de fomento e produção de C & T, considerando o conjunto de estabelecimentos de agricultura familiar, indicam para estes a existência de um fraco ambiente institucional. Apesar desse ambientedesfavorável, o fomento praticado inicialmente pelo FNO e depois pelo PRONAF, ermitiram a transformação de sistemas de produção com a inclusão de culturas permanentes, pecuária de corte e pecuária de leite. A silvicultura e a pecuária de leite são, na Amazônia, as produções que associam maior possibilidade econômica de expansão com capacidade endógena de desenvolvimento. A pecuária de corte, que tem maior expressão no grupo patronal, é a que tem menor capacidade endógena de desenvolvimento.No Território da Cidadania do Baixo Tocantins os sistemas de produção agrícola maisimportantes são os de cultivos temporários e de cultivos permanentes. Os cultivos temporários na terra firme, pela dificuldade de intensificação nos moldes da agricultura industrial, não constituem a melhor opção para os agricultores familiares. Por outro lado, existem, já acumulados, procedimentos de base agroecológica, que constituem inovações, que vêm sendo difundidas por ONGs. São exemplos: a proteção do solo com a “palhada” dos cultivos; a manutenção das capoeiras ou a introdução de sistemas de produção, como os sistemas agroflorestais, a horticultura, a fruticultura e a apicultura, conforme sãopraticados hoje por diversos agricultores incentivados pela Associação Paraense de Apoio às Comunidades Carentes. Estes procedimentos permitem a intensificação do trabalho, sendo mais compatível com a manutenção da biodiversidade e da biomassa, e que tem um menor efeito na degradação do solo, além de maior capacidade de expansão por atenderem a mercados urbanos regionais.

Biografía del autor/a

Paulo Fernando da Silva Martins, Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural - NCADR/UFPA

Agrônomo. Doutor em Agronomia, área Solos e Nutrição de Plantas, pela Escola Superior de AgronomiaLuiz de Queiroz, USP. Professor da Universidade Federal do Pará. Desenvolve pesquisa e extensãoem projetos de desenvolvimento rural envolvendo o meio natural, o uso da terra e os sistemas deprodução.

Moacir José Moraes Pereira, Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural - NCADR/UFPA

Licenciado em Geografia. Secretário do Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas noNCADR/UFPA. Participa do grupo de pesquisa GEDAF/PPGAA desenvolvendo estudos sobre o BaixoTocantins e a diversidade do campesinato amazônico.

Francinaldo Ferreira de Matos, Mestre em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável – MAFDS

Técnico em Agropecuária pela EAFA-TO, Bacharel em Administração de Empresas pela FAESF-MA eMestre em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável – MAFDS/NCADR/UFPA.

Bruno Ribeiro da Silva Júnior, Instituto de Desenvolvimento e Assistência Técnica da Amazônia (IDATAM)

Agrônomo. Mestre em Agriculturas Amazônicas, pela Universidade Federal do Pará (UFPA). DiretorTécnico do Instituto de Desenvolvimento e Assistência Técnica da Amazônia (IDATAM), prestadorade serviços de ATER.

Andreia Cristine Scalabrin, Mestra em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal do Pará (UFPA)

Mestra em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal do Pará(UFPA). Graduada em Agronomia pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Experiênciaprofissional como Agrônoma na Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE).Atua nas áreas de Agricultura Familiar, Educação do Campo, Agroecologia, Conhecimentos dos PovosTradicionais Associados.E-mail: andreia_belem@yahoo.

Publicado

2014-12-01