ENSAIO ETNOGRÁFICO: EXPRESSÕES E ESCRITAS CAMPONESAS COMO LUGAR DA MEMÓRIA NAS BARRAGENS DE TUCURUÍ E BELO MONTE

Autores/as

  • Matheus Benassuly Grupo de Estudos sobre a Diversidade da Agricultura Familiar (GEDAF)
  • Aquiles Simões Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural - NCADR/UFPA
  • Sônia Magalhães Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural - NCADR/UFPA

DOI:

https://doi.org/10.18542/raf.v0i10.4436

Resumen

Este ensaio etnográfico faz do uso da fotografia e da escrita de si (FOUCAULT, 1992a)os seus principais instrumentos à compreensão da realidade vivida pelos camponesessubmetidos a uma situação de injustiça socioambiental provocada pela construção das barragens de Tucuruí e Belo Monte, remarcando o lugar da memória (NORA, 1993) e da resistência frente a tal situação, vivida em momentos e em contextos distintos. As expressões da vida camponesa à jusante da Hidrelétrica de Tucuruí são evidenciadas nas imagens dosribeirinhos da comunidade Açaizal enquanto que as fotos dos escritos nos cadernos de LucimarBarros da Silva, ou simplesmente Lúcio, encarnam e anunciam a dor e o lamento deum camponês que vê seu modo de vida ameaçado pelo deslocamento compulsório  incitado pela construção de Belo Monte, exatamente na área alagada pela barragem.

Biografía del autor/a

Matheus Benassuly, Grupo de Estudos sobre a Diversidade da Agricultura Familiar (GEDAF)

Graduando do curso de Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Membro do Grupo de Pesquisa Sociedades, Ambientes e Ação Pública e membro bolsista do Grupo de Estudos sobre a Diversidade da Agricultura Familiar (GEDAF), pelo programa Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agroambiental na Amazônia, atuando na linha de pesquisa Ação Pública, Sociedade e Território.

Aquiles Simões, Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural - NCADR/UFPA

Agrônomo. Doutor em Estudos Rurais, ênfase em socioantropologia, pela Universidade de Toulouse II– Le Mirail. Professor Adjunto da Universidade Federal do Pará (UFPA), Programa de Pós-graduaçãoem Agriculturas Amazônicas do Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural (NCADR/PPGAA). Coordenador do Grupo de Estudos sobre a Diversidade da Agricultura Familiar (GEDAF).Desenvolve pesquisas sobre o tema “ação pública, processos de inovação e competências para o desenvolvimentodo campesinato amazônico”.

Sônia Magalhães, Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural - NCADR/UFPA

Antropóloga. Doutora em Antropologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e em Sociologiapela Université Paris 13. Professor Adjunto da UFPA, Programa de Pós-Graduação em AgriculturasAmazônicas (NCADR/PPGAA), Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCS/FFCH) ePrograma de Pós-Graduação em Gestão dos Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia(PPGEDAM/NUMA). Pesquisadora colaboradora do Laboratório CERAL (Centre d’Etudes et de Recherchessur l’Action Locale) da Universidade Paris 13 (França).

Publicado

2014-12-01