Trata o presente artigo de uma reflexão sobre as potencialidades educativas de determinadas plantas com destaque para aquela que é considerada a planta professora por excelência, a ayahausca, beberagem de origem indígena, também conhecida por uma diversidade de nomes, entre os quais: natema, yagé, nepe, kahi, caapi, nixi pae, shori, kamarampi, cipó, além de daime, vegetal e outros. Resultado de uma pesquisa de natureza teórico-bibliográfica, objetiva-se caracterizar o campo intelectual que envolve essas plantas tidas como ensinadoras, bem como evidenciar suas dimensões psiquícas, históricas e educativas, destacando a ayahuasca entre a diversidade de espécies que conformam a farmacopéia indígena amazônica. Apoiada nos estudos de Henrique Caneiro (2002; 2005) e Escohotado (2004) procuro evidenciar, a histórica circularidade dessas plantas em diversas culturas e sociedades, bem como a influência exercida nos processos de sobrevivência e perpetuação dos saberes grupais. Com Benny Shanon (2002) destaco o profundo impacto cognitivo que exercem na mente das pessoas, bem como a capacidade de mediarem uma multiplicidade de saberes.