Esse artigo descreve e analisa relações que emergem da atuação dos profissionais do Programa Mais Médicos para o Brasil na saúde indígena do Tocantins, a partir do contato desses profissionais com o povo Akw?/Xerente. Recorreu-se aos relatos de profissionais e de indígenas Xerente, coletados na área indígena onde atuam e nos novos espaços que surgem pela dinâmica do Programa. Dessa zona de contato entre profissionais e indígenas emergiram novas formas de relacionamento. Fatores como permanência dos profissionais, formação adequada e disponibilidade foram importantes para a interação desses profissionais com a comunidade contribuindo para uma relação mais simétrica. De outro lado, o processo histórico de relação dos Xerente com a sociedade circundante consistiu num elemento facilitador dessa relação.