O artigo aborda questões relacionadas à divisão sexual do trabalho a partir de pescadoras artesanais em cinco estados brasileiros, envolvendo três regiões do país: Norte (Pará), Sul (Santa Catarina) e Nordeste (Pernambuco, Ceará e Paraíba). O projeto contou com o apoio de quatro Universidades: UFRPE, UFSC, UFPA e UFBA. Os dados foram coletados nos anos de 2010 e 2011, utilizando-se instrumentais da metodologia participativa. Os relatos das mulheres evidenciaram questões cruciais relacionadas ao seu cotidiano, destacando-se: discriminação ou invisibilidade da mulher na cadeia produtiva da pesca, desconhecimento de muitas pescadoras sobre o acesso aos direitos sociais no regime de economia familiar na pesca artesanal, dificuldades de acesso aos espaços de poder dentro das Colônias e Associações de pescadores/as, riscos e dificuldades de acesso aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), presença de atravessadores e a necessidade de um comércio justo.Palavras-chave: Gênero, pesca, cidadania.
Biografia do Autor
Maria do Rosário F. Andrade Leitão, Universidade Federal de Santa Catarina
Líder do Grupo de Pesquisa Desenvolvimentoe Sociedade CNPq/UFRPENAVI - Núcleo de Antropologia Audiovisual eEstudos de Imagem da Universidade Federalde Santa Catarina – UFSC.