Esse artigo apresenta os resultados de inventário realizado sobre a trajetória histórica das instituições de saúde na cidade de Belém, levando em conta sua arquitetura e as mudanças de função que sofreram ao longo do tempo. Essas mudanças estão impressas nas próprias edificações e na memória da população belemense, bem como nos apagamentos decorrentes das demolições de edifícios da saúde. A documentação resultante inclui documentos institucionais, fotografias antigas e atuais, desenhos arquitetônicos e entrevistas, os quais configuram um acervo inexplorado para a compreensão do cuidado com a saúde no Norte do Brasil. A recomposição das trajetórias de implantação e deslocamento das instituições estudadas contribui para a compreensão do processo de expansão urbana, com ocupação de áreas alagadas (decorrente da implantação dos hospícios) e áreas de terra firme, vetor de expansão priorizado pelas políticas higienistas. Palavras-chave: Patrimônio da saúde, memória, Belém.
Biografia do Autor
Cybelle Salvador Miranda, Universidade Federal do Pará
Arquiteta e antropóloga, docente do Programade Pós-Graduação em Arquiteturae Urbanismo (PPGAU) da UniversidadeFederal do Pará (UFPA).
Jane Felipe Beltrão, Universidade Federal do Pará
Antropóloga e historiadora, docente junto aos programa de pós-graduação em Antropologia (PPGA) e Direito (PPGD) ambos da Universidade Feder
Márcio Couto Henrique, Universidade Federal do Pará
Historiador e antropólogo, docente do Programa de Pós-Graduação em História (PPHIST) da Universidade Federal do Pará (UFPA).