O presente artigo analisa as epidemias que grassaram no Estado do Maranhão e Grão Pará na primeira metade do século XVIII, as quais apresentaram dois grandes surtos epidêmicos que afetaram drasticamente a população indígena, com alta taxa de mortalidade. Com a depopulação indígena, os moradores sofreram a falta de trabalhadores. Além disso, houve a necessidade de contar com profissionais da arte curativa, o que fez com que os religiosos passassem a ser “médicos” da alma e do corpo. O artigo desenvolve uma análise acerca das práticas curativas na América portuguesa e as relações entre os saberes curativos de europeus, indígenas e africanos. A análise foi feita a partir da documentação dos acervos do Arquivo Histórico Ultramarino, Anais da Biblioteca Nacional (volume 67), Anais do Arquivo Público do Estado do Pará e das obras do padre jesuíta João Daniel e do viajante francês Charles-Marie de La Condamine. Palavras-chave: Amazônia colonial, epidemias, práticas de cura.
Biografia do Autor
Claudia Rocha de Sousa, Universidade Federal do Pará
Mestranda em História pelo Programade Pós Graduação em História Social daAmazônia (PPGH) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Bolsista da CAPES.