O presente artigo apresenta um panorama das ocupações da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, colocando em perspectiva as relações que a população mantém com o patrimônio arqueológico existente na área. As pesquisas são desenvolvidas com a participação comunitária e, a partir de trajetórias históricas particulares das comunidades, identificamos duas formas distintas de apropriação e significação do patrimônio arqueológico. Nesta reflexão, sugerimos que as ocupações em Amanã remetem a processos de continuidade marcados nas paisagens. Além disso, exploramos os significados e as relações que os moradores estabelecem com os vestígios arqueológicos, relações estas que envolvem processos de autodefinições e noções de alteridade que influenciam diretamente as estratégias de gestão. Palavras-chave: Arqueologia comunitária, RDS Amanã, gestão do patrimônio